sexta-feira, 16 de maio de 2008

jornalismo assistido por computador


(Tendo eu faltado à última aula, este post estará um bocadinho fora de ordem. As minhas desculpas.)


«Os jornalistas sempre dependeram de entrevistas, telefonemas, bibliotecas e arquivos governamentais. Mas, actualmente, recebem ajuda dos computadores. Quando o fazem, diz-se que que estão a praticar jornalismo assistido por computador(JAC)»





O jornalismo sobreviveu igual a si mesmo ao longo dos séculos, até ser absorvido pelo digital. Tal como video killed the radio star, também o computador matou a máquina de escrever e o conceito de jornalismo tradicional.

A mudança não é tão simples e pequena quanto pode soar. O jornalismo, tal como nós - criaturas jovens- não nos lembramos, estava limitado às pontencialidades de uma pequena máquina de teclas com letras, espaçamentos e nada mais. Consegue-se imaginar um jornalismo que dependa da precisão de um jornalista, um jornalista ex machina, que não se dá erros ortográficos, que não tem lapsos, que não coloca

Pois bem, imaginemos o tempo que demoraria a escrever a notícia na máquina de escrever. Como seria a redacção dessa notícia, sem base de dados, sem background, notícias armazendas e facilmente acessíveis? E a revisão da notícia? Caso fosse detectado um erro, um descentramento, a notícia teria que ser redigida de novo.

Aí está a beleza da era digital. No computador, o jornalista não só pode redigir, modificar, colar, cortar texto mais facilmente. É o hipertexto, uma partilha de texto disponíveis em documentos guardados no computador pessoal, numa base de dados ou na internet.

No jornalismo assistido por computador é possível apresentar um artigo num curto espaço de tempo, por ter acesso a um manancial de informação já tratada e rotulada. Com o computador, o jornalista passa a conseguir fazer um trabalho que, antes da sua interpenetração nas redacções, só seria possível com o arduo trabalho de equipas inteiras.

O computador e a internet chegam como uma progressão natural da evolução tecnológica, tal como o telefone e o telégrafo o foram. Apesar de em Portugal ser um meio cujas potencialidades ainda não foram devidamente exploradas, nos países mais desenvolvidos o computador com ligação à internet é o novo «medium». Embora este não substitua as ferramentas de trabalho tradicionais do jornalismo - a maior parte continua a preferir, para certas tarefas, tais como contacto de fontes, o contacto pessoa - a internet tornou-se já inegável ao trabalho do jornalista. A verdade é que vivemos na iminência da tecnologia: os prazos de validade das notícias tornam-se cada vez mais curtos e os assuntos esgotam-se mais facilmente quando há um meio de distribuição e difusão de conteúdos muito mais alargado. Não resta , então, nenhuma alternativa ao jornalista senão encaixar-se também nesse meio, nesse novo modelo do jornalismo.

A internet trouxe ao jornalismo e jornalistas o que trouxe à sociedade em geral : um novo horizonte cheio de informação, opinião, assunto. Mas mais do que isso, o fantástico é que na internet é como se não houvesse "gravidade": as distâncias tornam-se curtas e acessíveis e o leigo torna-se especialista. No novo medium, há uma extensa base de dados, através da qual o jornalista pode aceder a documentos, bibliografias onde poderá fazer uma pesquisa de base sobre o assunto a noticiar. Mas a recolha de informação não se fica pela base de dados: há os motores de busca, que levam o pesquisador a documentos e comunicados oficiais, tal como blogues, forúns ou outras agências noticiosas- há assim não só uma pesquisa de background como também da ambiência de opiniões e do que já foi dito e escrito àcerca do assunto.

A detectação de fontes especializadas faz-se com um click no motor de busca. O contacto email, agora disponível em todas as páginas pessoais, remete-nos para outro benefício do uso das novas tecnologias, visto que ultrapassa as tais barreiras espaciais- já permitidas pelo telefone- mas a um custo muito mais baixo.

Em tom de conclusão, pode-se dizer que apesar de alguns problemas de adaptação do computador nas redacções que se prende à incapacidade de renovação por falta de investimento empresarial, conhecimentos técnicos do uso do computador e de pesquisa, o JAC começa, cada vez mais, a fazer parte das rotinas dos jornalistas, esperando-se ser a ferramenta de trabalho, por excelência, do jornalismo (se já não o é).



Aqui fica uma dica:

ciberjornalismo: mais um tesourinho da era digital




Ciberjornalismo, jornalismo online, webjornalismo, jornalismo electrónico ou jornalismo digital; são todos termos significantes do novo paradigma do jornalismo. Trata-se de uma nova forma de "fazer" jornalismo, distinta do jornalismo tradicional não só por ser feito através dos meios digitais (já característica do jornalismo assistido por computador) mas também por ser feito através e para a internet.

O jornalismo via web é um fenómeno recente, mas que já teve tempo para sofrer uma grande evolução e conseguir a adesão de uma vasta comunidade. Tendo começado por ser uma publicação online dos jornais tradicionais, rapidamente inúmeras estações de rádio e televisão começaram a povoar a internet com sites que funcionavam como "montras" do seu jornal/canal/estação, com breves informações sobre conteúdos programáticos.

Actualmente, verifica-se uma "migração" dos mass media para a web, com sites cada vez mais completos, com mais informação, onde se podem visualizar não só quase todos os conteúdos emitidos/publicados no formato normal, mas também novos conteúdos especialmente redigidos e elaborados para a web, contando estes muitas vezes com a convergência de média: som, imagem, texto, vídeo. Mas há também um ponto de convergência entre a elaboração e publicação nesta plataforma.

A ligação à internet é útil ao jornalista não só para a disponibilização do conteúdo informativo na rede, mas também para ir lá buscar a matéria prima da redacção das notícias. Ora, tal coisa abre portas e janelas ao jornalista, oferecendo-lhe tanto quanto há na rede. A internet poderá funcionar assim como base de dados, fonte, arquivo... e torna-se o próprio instrumento de trabalho.

Como resultado, emerge um novo tipo de jornalismo, que não se prende apenas à facilidade e à rapidez, enfim, à agilizição do jornalismo. As notícias online não são uma mera transcrição das notícias impressas no papel para a o pc e publicadas nainternet. Pelo contrário, foi criado um novo modelo/formato de conteúdos online, que, em primeiro lugar, conta com a fusão das formas de apresentação(como supramencionado, o vídeo, som, imagem, etc); as notícias publicadas podem ser constantemente modificadas e actualizadas. o que resultada num tratamento mais aprofundado, menos dependente do 'deadline'; e, por último, a preocupação estética da notícia (grafismo, imagem, lettering... que podem ser alterados diversas vez) de forma a cativar mais leitores, atingindo aqui o verdadeiro clímax de interactividade jornalista-leitor.

Posto isto, fica explicado como "Instantaneidade" , "Interactividade", "Perenidade" " Multimediação" e "Hipertextualidade" sejam as grandes máximas do ciberjornalismo.


links úteis:

http://oficinadejornalismonline.blogspot.com/2007/03/discutindo-o-conceito-e-as-apliaes-da.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ciberjornalismohttp://www.bocc.ubi.pt/pag/amaral-ines-interactividade-esfera-ciberjornalismo.pdfhttp://jcmc.indiana.edu/vol12/issue1/dimitrova.htmlhttp://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas-joao-webjornal.pdfhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Webjornalismohttp://gjol.blogspot.com/2007/02/jornalismo-online-ensinando-conceitos-e.html

slideshow

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

TwitThis!




Sim, o que é o twitter?
Bem, o twitter é mais um daqueles serviços na internet absolutamente inutil mas divertido e, rapidamente, viciante.
Trata-se de uma espécie de rede social para amigos e conhecidos que permite comunicar gratuitamente através de mensagens rápidas online - instant messaging, SMS ou email - que apenas podem conter 140 caracteres por mensagem.
É esta característica de mensagem curta que dá alguma piada ao twitter (sim, porque já há tanta coisa 'impossível' exequível na internet, que o humano comum gosta é de coisas não extraordinárias que "ofereçam" alguns impedimentozinhos). A desculpa é que o twitter incorpora o conceito de microblogging, pois diminui o tamanho do texto que pode ser escrito e, por conseguinte, o tempo dispendido a escrevê-lo, o que torna a comunicação mais rápido.
Já em tom de conclusão, acrescenta-se só que o twitter permite a constante renovação do site com actualizações pessoais que, ao contrário dos outros serviços de instant messaging, não necessita de ser direccionado a um destinatário, sendo automaticamente partilhado por toda a rede, que as recebem através do site oficial ou RSS, SMS ou programa especializado.
Posto isto, o deus ex machina, cuja natureza é muito exigente, diz "nhé, nada de especial" (sim, há deuses que falam português) (e dizem coisas como 'nhé').
Tenho dito.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Web 2.0

Numa sociedade de informação e de tecnologia, as manifestações de evolução parecem ser um acontecimento banal ou até mesmo rotineiro.
Descobertas científicas, invenção aparelhos minúsculos com funções de dez outros aparelhos, construção computadores de destreza quase humana, etc. são fenómenos que nos passam diariamente despercebidos, como se tudo fosse uma mera tentativa de satisfazer as expectativas implícitas de mercado do individuo contemporâneo.


Neste contexto, a Internet passou de um estatuto de bem de luxo a serviço comum. Banalizou-se a banda larga, aumentou-se a sua capacidade e cobertura. A internet tornou-se mais rápida, mais barata, mais apetecível.
No entanto, este aumento vertiginoso da acessibilidade e a popularização da Internet como um serviço quotidiano não só beneficiava da fluência de conteúdos à escala global por ela facilitada, como padecia dessa globalização, acusando a urgência de uma maior selectividade e precisão dos mesmos conteúdos nela transaccionados e disponibilizados. Começaram a aparecer por todo o lado bibliotecas/enciclopédias online, sites das mais variadas empresas, temas e organizações. Porém, a facilidade de publicar essa informação era restrita às empresas, jornais e revista. Poucas eram as páginas pessoais. A diferença entre «produtor» e «consumidor» era vinculativa, e definia quem detinha ou não poder sobre a Web.


Foi esse mesmo fosso que impulsionou a formulação de um conceito que viria a revolucionar a Internet: a falta de um espaço na Web para uma comunidade de internautas que crescia desenfreadamente criou a necessidade de criar um novo modelo de funcionamento, mais prático, global e, consecutivamente mais democrático e participado. Assim nasceu um novo conceito de Web, a segunda geração – a Web 2.0.


É então em 2003 que o termo “Web 2.0” nasce, fruto de uma convergência de ideias entre a MediaLive International e Tim O’Reilly, que oficializou o num discurso durante uma conferência : «a Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva.».

Basicamente, trata-se de uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, aplicações baseadas em folksomia (tratamento e classificação da informação) e redes socais. Os serviços deixaram de ser residentes num único site e alimentado por uma única entidade; as páginas passam a incluir conteúdos não só de produção própria, como conteúdos externos (de outros sites); criaram-se novos modelos de organização e normalização da informação produção e que permite a reciclagem e re-utilização da mesma – reaproveitá-la e remisturá-la, consumando o conceito de hipertexto na web.


Tudo isto se traduziu numa maior participação e liberdade de acção dos utilizadores, tornando a Internet a mais democrática e vasta fonte de informação do mundo contemporâneo.

Por outro lado, essa quantidade astronómica de informação que é diariamente depositada na internet está em constante revisão e avaliação, sobrevivendo apenas aquela que satisfaz um determinado grau de relevância. Deste modo, quando um utilizador faz uma pesquisa de uma determinada palavra/tema num motor de busca, aparecerão os locais da Web já devidamente classificados e ordenados. Nesse processo, os mecanismos de recolha de informação do serviço – como o Google, Sapo, Yahooo… - já obtiveram informações desses sites mediante uma avaliação que responde a um determinado número de regras, de modo a que, quando um utilizador procura o conteúdo específico de seu interesse, lhe sejam disponibilizados apenas os resultados considerados relevantes.

Posto isto, percebe-se que, mais do que um conceito, o Web 2.0 é uma tendência globalizante da internet, que interliga serviços e utilizadores dentro de uma vasta rede. A Web 2.0 liberaliza a internet, fomentando a usabilidade, a criatividade e a partilha entre utilizadores, sempre acompanhado de um aumento de segurança.


Na sociedade da informação, na segunda era da internet, mais do que nunca, todo o texto é hipertexto. Criou-se uma rede de realidades inconcretas e mutáveis, onde palavras, frases, imagens apagam-se, recuperam-se, redesenham-se, cortam-se, sobrepõem-se, apagam-se. Nada é fixo. Tudo se liga, tudo é uma construção encastelada. Assim o é a Web 2.0.


O windows vista "num pesta"

Imaginemos que aqui está o meu trabalho de web 2.0

(mancha branca)




Caros bloggers-amigos-leitores-assiduos imaginários (sim, porque vocês não existem), peço desculpa por não ter nada a apresentar, mas o meu trabalho foi gravado em docx e não consigo abri-lo de momento.

ps: o windows vista não presta.


Tenho dito.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mas o que é o google reader?

O google reader é uma aplicação web disponibilizada pelo google que veio a tornar os subscritores dos blogs um pouco mais selectivos. Trata-se da ferramenta de leitura feeds (RSS) que permite seleccionar todo o tipo de contéudos (fotos, notícias, textos...) ditos "subscrevíveis" ou de interesse, resumindo também os itens não lidos.

Posto isto, conclui-se que o google reader pode quase tanto como o deus ex machina. Mesmo assim, não pode tanto.